quarta-feira, 4 de maio de 2022

Inflação, o que é e como nos afeta?

Fonte: Arquivo By Tony Macedo


        

De forma resumida, a inflação indica o aumento generalizado ou contínuo dos preços de uma série de categorias de bens e serviços importantes para o dia a dia das pessoas.

Velha conhecida de nós brasileiros. A inflação é usada para explicar o aumento no preço de produtos, de aluguel, de salários e também é o motivo pelo qual o nosso poder de compra diminui em alguns momentos.

Mas, o que exatamente é a inflação? Por que ela existe? Ela é ruim para a economia? Como ela nos afeta? Vamos com calma, sei que são muitas perguntas e questionamentos para esclarecer. Serei o mais sucinto e claro possível para que não lhes restem duvidas, ok! Vamos lá...

Na economia, o conjunto dessas categorias é chamado de “cesta de produtos” onde estão inclusos: alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação. Ou seja: se a inflação em determinado mês for de 0,5%, isso significa que o aumento médio dos preços dessas categorias no período também foi de 0,5%. Esse aumento nos preços não é uniforme de forma que, dentro de cada categoria alguns itens podem sofrer aumentos maiores e outros, nenhum.

O indicador oficial de inflação no Brasil é o IPCA, Índice de Preços para o Consumidor Amplo, embora existam outros. Ele é calculado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Vitória, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

Apesar de não ser calculado em todo o país, o IPCA é de abrangência nacional – ou seja, vale para todas as regiões e cidades.

O que provoca a inflação?

Não podemos entender o que é inflação, sem sabermos o que a causa. Por isso aqui vai uma breve explicação do que leva a tal. A inflação pode ser de curto prazo, ou seja, aumentar em um mês e de longo prazo, aumentar continuamente ao longo de um ano. As causas são diferentes em cada um desses casos.

No entanto, esses são movimentos cíclicos da economia, nos quais uma ação afeta a outra. Nem sempre é possível isolar as causas de uma variação inflacionária. Vejamos alguns dos principais fatos geralmente associadas à inflação no curto e longo prazo.

No curto prazo:

·         Aumento na demanda:

Se o número de pessoas querendo um determinado item aumenta muito rápido, fica difícil garantir o fornecimento para todos. Nesse caso, dizemos que a demanda ficou maior do que a oferta. Sendo assim, o preço tende a subir, gerando inflação. Isso pode acontecer também quando há maior disponibilidade de crédito: com maior poder de compra, as pessoas conseguem gastar mais, aumentando a demanda geral.

·         Aumento nos custos de produção:

A inflação também pode aparecer quando fica mais caro produzir um produto ou oferecer um serviço.  Com custo maior, a produção de algum item pode ser menor, com isso, a oferta ou quantidade daquele produto disponível, cai ou os preços aumentam para cobrir todos os custos extras. Existe inflação em ambos os casos.

No longo prazo:

·         Emissão de papel-moeda:

Algumas ações do governo também podem fazer com que a inflação aumente. Quando os gastos são maiores do que os arrecadamentos, por exemplo, pode ser necessário “imprimir” mais dinheiro – ou seja, emitir mais moeda para pagar as contas.

Essa emissão faz com que o volume de dinheiro seja maior que a oferta de produtos e serviços. Consequentemente, os preços sobem.

·         Aumento ou redução na taxa de juros:

Quando o governo diminui a Selic (tem um artigo sobre aqui no blog), a taxa básica de juros da economia definida pelo Banco Central, os seus investimentos na poupança, em renda fixa e em títulos públicos passam a render menos. Além disso, os empréstimos no geral ficam mais baratos. Essa é uma forma de estimular o consumo e a produção. No longo prazo, isso gera um aumento de demanda e pode acarretar no aumento da inflação.

O contrário ocorre no caso de um aumento na Selic. Os investimentos passam a render mais. Os empréstimos no geral ficam mais caros, desestimulando o consumo e a produção. A longo prazo, isso leva a redução da demanda e pode levar a uma redução da inflação.

Como a inflação afeta o nosso bolso?

Na prática, a inflação faz com que o nosso dinheiro perca valor, já que ele não acompanha as altas nos preços. A inflação muito alta também distorce os preços e as pessoas ficam com dificuldade de acompanhar o que está barato ou caro.

Como controlar a inflação?

O governo federal não tem total controle sobre a inflação, mas algumas medidas que ele toma podem influenciá-la. Por exemplo: a taxa Selic, é uma ferramenta usada para controlar a inflação; aumentar os impostos também puxa os preços para cima, o que tende a reduzir a quantidade de moeda na economia, afetando a demanda e, portanto, a inflação.

Como a Selic influência a inflação?

Um exemplo prático: quando a Selic aumenta, o acesso ao dinheiro, seja em forma de: crédito, empréstimos, financiamentos… fica menor e o consumidor para de fazer maiores gastos. No longo prazo, essa estratégia controla a inflação por gerar menor demanda e, consequentemente, oferta mais barata. Na prática, aumentar a Selic ou mantê-la estável é uma maneira de conter o aumento dos preços.

Por outro lado, quando o Banco Central deseja estimular a economia, fazer o dinheiro circular mais e, por consequência, aumentar a inflação, a Selic diminui.

A inflação é sempre ruim?

Não. A inflação, quando controlada, é um sinal de que a economia está aquecida e crescendo de forma saudável. O Brasil, inclusive, tem uma meta anual de inflação para dar segurança para a economia. Essa é uma forma de garantir que a economia brasileira continue em crescimento e os preços, controlados.

Ter um índice de inflação controlado também garante previsibilidade de longo prazo. Isso significa que investidores e empresários conseguem apostar e investir no país com maior tranquilidade, trazendo mais dinheiro para a economia e perspectivas para os próximos meses ou anos.

A inflação é ruim para a economia de um país quando não é controlada e quando atinge níveis muito altos, a qual denominamos de hiperinflação. Aí sim, ela é prejudicial.

E ai, gostou do artigo! Espero ter sido claro e contribuído para o seu aprendizado, seja tirando alguma dúvida ou apresentando o tema outrora desconhecido!

Grande abraço, nos vemos no próximo artigo.

 

 

By Tony Macêdo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nova taxa de juros do rotativo do cartão!

    Antes de falar sobre o tema vamos entender o que é o rotativo! Pois bem, sabe quando você não paga a fatura do seu cartão de crédito...