De forma resumida, a inflação indica o aumento generalizado ou contínuo dos preços de uma série de categorias de bens e serviços importantes para o dia a dia das pessoas.
Velha
conhecida de nós brasileiros. A inflação é usada para explicar o aumento no
preço de produtos, de aluguel, de salários e também é o motivo pelo qual o nosso
poder de compra diminui em alguns momentos.
Mas, o
que exatamente é a inflação? Por que ela existe? Ela é ruim para a economia?
Como ela nos afeta? Vamos com calma, sei que são muitas perguntas e
questionamentos para esclarecer. Serei o mais sucinto e claro possível para que
não lhes restem duvidas, ok! Vamos lá...
Na
economia, o conjunto dessas categorias é chamado de “cesta de produtos” onde
estão inclusos: alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde, despesas
pessoais, educação e comunicação. Ou seja: se a inflação em determinado mês for
de 0,5%, isso significa que o aumento médio dos preços dessas categorias no período
também foi de 0,5%. Esse aumento nos preços não é uniforme de forma que, dentro
de cada categoria alguns itens podem sofrer aumentos maiores e outros, nenhum.
O
indicador oficial de inflação no Brasil é o IPCA, Índice
de Preços para o Consumidor Amplo, embora existam outros. Ele é calculado
mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e
Vitória, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e
Brasília.
Apesar de
não ser calculado em todo o país, o IPCA é de abrangência nacional – ou seja,
vale para todas as regiões e cidades.
O que
provoca a inflação?
Não
podemos entender o que é inflação, sem sabermos o que a causa. Por isso aqui
vai uma breve explicação do que leva a tal. A inflação pode ser de curto prazo,
ou seja, aumentar em um mês e de longo prazo, aumentar continuamente ao longo
de um ano. As causas são diferentes em cada um desses casos.
No
entanto, esses são movimentos cíclicos da economia, nos quais
uma ação afeta a outra. Nem sempre é possível isolar as causas de uma variação
inflacionária. Vejamos alguns dos principais fatos geralmente associadas
à inflação no curto e longo prazo.
No
curto prazo:
·
Aumento na demanda:
Se o número de pessoas querendo um determinado item aumenta muito rápido,
fica difícil garantir o fornecimento para todos. Nesse caso, dizemos que a
demanda ficou maior do que a oferta. Sendo assim, o preço tende a subir,
gerando inflação. Isso pode acontecer também quando há maior disponibilidade de
crédito: com maior poder de compra, as pessoas conseguem gastar mais, aumentando
a demanda geral.
·
Aumento nos custos de produção:
A inflação também pode aparecer quando fica mais caro produzir um produto
ou oferecer um serviço. Com custo maior, a produção de algum item pode
ser menor, com isso, a oferta ou quantidade daquele produto disponível, cai ou
os preços aumentam para cobrir todos os custos extras. Existe inflação em ambos
os casos.
No longo prazo:
·
Emissão de papel-moeda:
Algumas ações do governo também podem fazer com que a inflação aumente.
Quando os gastos são maiores do que os arrecadamentos, por exemplo, pode ser
necessário “imprimir” mais dinheiro – ou seja, emitir mais moeda para pagar as
contas.
Essa emissão faz com que o volume de dinheiro seja maior que a oferta de
produtos e serviços. Consequentemente, os preços sobem.
·
Aumento ou redução na taxa de juros:
Quando o governo diminui a Selic (tem um artigo sobre aqui no blog), a taxa básica de juros da economia
definida pelo Banco Central, os seus investimentos na poupança, em renda
fixa e em títulos públicos passam a render menos. Além disso, os empréstimos no
geral ficam mais baratos. Essa é uma forma de estimular o consumo e a produção.
No longo prazo, isso gera um aumento de demanda e pode acarretar no aumento da
inflação.
O contrário ocorre no caso de um aumento na Selic. Os investimentos
passam a render mais. Os empréstimos no geral ficam mais caros, desestimulando
o consumo e a produção. A longo prazo, isso leva a redução da demanda e pode
levar a uma redução da inflação.
Como a inflação afeta o nosso bolso?
Na prática, a inflação faz com que o nosso dinheiro perca valor,
já que ele não acompanha as altas nos preços. A inflação muito alta também
distorce os preços e as pessoas ficam com dificuldade de acompanhar o que está
barato ou caro.
Como controlar a inflação?
O governo federal não tem total controle sobre
a inflação, mas algumas medidas que ele toma podem influenciá-la. Por exemplo:
a taxa Selic, é uma ferramenta usada para controlar a inflação; aumentar
os impostos também puxa os preços para cima, o que tende a reduzir a quantidade
de moeda na economia, afetando a demanda e, portanto, a inflação.
Como a Selic influência a inflação?
Um exemplo prático: quando a Selic aumenta, o
acesso ao dinheiro, seja em forma de: crédito, empréstimos, financiamentos…
fica menor e o consumidor para de fazer maiores gastos. No longo prazo, essa
estratégia controla a inflação por gerar menor demanda e, consequentemente,
oferta mais barata. Na prática, aumentar a Selic ou mantê-la estável é uma
maneira de conter o aumento dos preços.
Por outro lado, quando o Banco Central deseja estimular a
economia, fazer o dinheiro circular mais e, por consequência, aumentar a
inflação, a Selic diminui.
A inflação é sempre ruim?
Não. A inflação, quando controlada, é um sinal de que a economia está
aquecida e crescendo de forma saudável. O Brasil, inclusive, tem uma meta anual
de inflação para dar segurança para a economia. Essa é uma forma de garantir
que a economia brasileira continue em crescimento e os preços, controlados.
Ter um índice de inflação controlado também garante previsibilidade de
longo prazo. Isso significa que investidores e
empresários conseguem apostar e investir no país com maior tranquilidade,
trazendo mais dinheiro para a economia e perspectivas para os próximos meses ou
anos.
A inflação é ruim para a economia de um país quando não é
controlada e quando atinge níveis muito altos, a qual denominamos de hiperinflação.
Aí sim, ela é prejudicial.
E ai, gostou do artigo! Espero ter sido claro e contribuído para o seu aprendizado, seja tirando alguma dúvida ou apresentando o tema outrora desconhecido!
Grande abraço, nos vemos no próximo artigo.
By
Tony Macêdo

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